Buscando traçar estratégias para combater a seca e assegurar o bem-estar dos cidadãos do Sertão e Semiárido alagoano, que dependem dos carros-pipa para o abastecimento de água potável, o presidente da AMA, Hugo Wanderley, esteve reunido, nesta sexta-feira, 15, com os defensores públicos Daniel Alcoforado e Lucas Monteiro Valença.
Hugo Wanderley afirma que a Operação Carro-Pipa é essencial para a população dos 42 municípios alagoanos que foram afetados pela suspensão. “De forma integrada, com a Defensoria Pública da União, a Secretária de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH)e a pasta de Assistência e Desenvolvimento Social (SEADES) estamos discutindo saídas para combatermos a seca e caminhos para enfrentarmos a dependência que os Estados e Municípios ainda possuem à Operação Carro-Pipa”, disse o presidente da AMA.
A ideia da Defensoria é verificar como está o funcionamento dos dessalinizadores nos municípios que possuem e se precisam de ajuda para manutenção.
O geólogo da SEMARH, Wilton José, diz que a melhor saída para reduzir os problemas trazidos pela seca seria a independência dessas localidades da Operação Pipa. “A população fica à mercê de repasse de recursos federais e sofre quando o serviço é reduzido ou suspenso”, afirmou Wilton.
Também participou da reunião Elizeu José Rego, Secretário Executivo de Gestão Interna.
Em setembro, a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) informou que, em razão de cortes de recursos por parte do Governo Federal, a Operação Carro Pipa será suspensa a partir do próximo mês.
A suspensão atingirá cidadãos do semiárido nordestino, norte de Minas Gerais e Espírito Santo. Em Alagoas, o programa operacionalizado pelo Exército Brasileiro, é responsável pelo abastecimento de água potável para 137 mil pessoas, residentes em 42 municípios do Sertão e Semiárido alagoano. De acordo com o Exército, a Operação só será mantida até o dia 20 de outubro.
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