O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira (22) que a saída dos secretários da pasta em meio a discussão do teto de gastos foi "natural", pois eles eram os "negociadores" da proposta do Auxílio Brasil.

Guedes fez a afirmação um dia após quatro secretários pedirem demissão alegando motivos pessoais. A declaração foi dada após uma visita presidencial ao Ministério da Economia, em meio ao avanço da proposta do governo de alterar a regra do teto de gastos públicos para gastar mais com o programa social Auxílio Brasil.

"Inclusive, os nossos secretários que pediram para sair, eles saírem é natural. O jovem é secretário do Tesouro, está tomando conta lá do Tesouro, o outro é secretário da Fazenda, tomando conta da Fazenda, eles querem que [o auxílio mensal] fique nos R$ 300, que fique dentro do teto", afirmou Guedes.

O ministro disse ainda que a ala política "naturalmente" olhou para "fragilidades dos mais vulneráveis" e pediu um valor maior para o auxílio.

"A ala política, naturalmente, olhando para fragilidades dos mais vulneráveis, diz 'olha, nós precisamos gastar um pouco mais'. Deve haver uma linha de equilíbrio aí. E é isso que estava sendo discutido e é isso que entrou na PEC do precatório", afirmou Guedes.


Por G1 - Brasília. Foto: revistacenarium.com.br. Arte: Ygor Fábio Barbosa.