O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, criticou a decisão do Ministério da Educação de não adquirir mais doses da vacina Coronavac, contra a Covid-19. Em entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta segunda-feira (15), ele afirmou que a decisão é “mais um erro” da pasta.

O ministro Marcelo Queiroga justificou a exclusão do imunizante alegando que ele tem “baixa efetividade” e não tem registro definitivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ele também citou a não autorização da utilização da vacina como dose de reforço.

“O Ministério da Saúde erra ao descartar uma vacina.[…] Nós não sabemos ainda o que vai acontecer com essa pandemia.  [...] Eu acho que é mais um erro do ministério entre tantos que foram cometidos durante esse combate à pandemia”, disse.

Covas explicou que há ainda uma pendência em relação a dados posteriores à vacinação, de imunogenicidade, para o registro definitivo, mas que eles já estão sendo providenciados para a formalização do pedido à Anvisa. Ele também afirmou que a necessidade de revacinação é “quase certa” e deve “se estender à toda população”, defendendo a ampliação de vacinas utilizadas na estratégia.

O diretor do Butantan também defendeu a autorização da Coronavac para crianças e adolescentes. “A CoronaVac é a vacina mais segura entre todas que estão sendo utilizadas para todas as populações, mas especialmente para a população de 3 a 17 anos. Então estamos também aguardando o pronunciamento da Anvisa no sentido de que autorize o uso dessa vacina nessa população”, declarou.

Atualmente, o único imunizante contra o coronavírus permitido pela Anvisa para o público entre 12 e 18 anos é o da Pfizer.



Por Metro1. Foto: Sesab