Com o surto de gripe no país, são muitas as dúvidas que surgem sobre o que, de fato, causa os sintomas das infecções. Uma confusão comum é a afirmação de que a gripe H3N2 seria um efeito do novo coronavírus com sintomas mais leves em pessoas que receberam a vacina contra a Covid-19.
A ideia não procede. As dúvidas são geradas por causa dos sintomas semelhantes, como tosse, febre e dor de cabeça. No entanto, são complicações provocadas por agentes infecciosos diferentes. Enquanto a Covid-19 é causada pelo vírus SARS-CoV-2, popularmente conhecido como novo coronavírus, a gripe causada pelo H3N2 é uma variante da Influenza A, assim como o H1N1.
O H3N2 causa febre alta no início do contágio, dor de garganta, tosse, dor de cabeça, coriza, cansaço, dores musculares, tosse, irritação nos olhos e desconforto no peito. Já a Covid-19, atualmente manifestada em grande parte pela variante ômicron, costuma afetar o olfato e causar cansaço e tosse de forma mais intensa, além de outros sintomas que também estão presentes em infecções por H3N2.
A infectologista Sylvia Hinrichsen, coordenadora do Núcleo de Ensino Pesquisa e Assistência em Infectologia (NEPAI) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), explica que a diferença está na intensidade e duração dos sintomas. “Os sintomas de Covid-19 ficam mais intensos à medida que o tempo passa e podem ser persistentes, dependendo do sistema imunológico da pessoa, enquanto que no caso da H3N2 os sintomas são mais intensos nas primeiras 48 horas, melhorando ao longo do tempo, e costumam durar até 10 dias”, informou.
É possível também ocorrer a infecção simultânea com Influenza e Covid-19. O estado de Alagoas registrou três casos de “flurona”, como tem sido chamada a múltipla infecção.
Além disso, ainda há o resfriado que apresenta sintomas semelhantes, mas que é provocado por outros tipos de vírus, como o rinovírus e o vírus sincicial respiratório, como informou a Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau). Neste caso, os sintomas são mais leves, como coriza, espirros, congestão nasal e febre menos intensa do que influenza, não sendo comum o surgimento de febre e outras complicações.
As formas de prevenção continuam sendo as mesmas para todos os casos, como o uso de máscara, o distanciamento social e a constante higienização das mãos, já que os meios de transmissão são os mesmos.
No caso de sintomas, o diagnóstico só é possível após atendimento médico e realização de exames. “Estamos vivendo um surto de influenza junto com a pandemia do novo coronavírus e os sintomas podem ser semelhantes, então peço para que a população fique atenta aos cuidados e procure a unidade de saúde mais próxima, caso seja necessário”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres.
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Fonte: Alagoas.al.gov.br/ Por Secom Alagoas
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