O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), regional Delmiro Gouveia, concedeu entrevista ao programa Tribuna Popular, na Rádio Correio FM (91,9 Mhz), apresentado pelo jornalista Jota Silva. 

A greve já dura 11 dias e os profissionais da Educação decidiram manter a greve mesmo após uma decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), por meio da desembargadora Elisabeth Carvalho Nascimento, que determinou o fim da greve promovida pelo Sinteal em Delmiro Gouveia. 

Em sua decisão, Elisabeth “assevera que a greve comandada pelo Sinteal representa uma ilegalidade, além de serem ofendidos direitos fundamentais da população em geral, notadamente o direito fundamental à Dignidade da Pessoa Humana, tendo em vista a paralisação total dos serviços essenciais da rede municipal de Educação de Delmiro Gouveia”.

Nas palavras de Pedro Pereira, se vier uma decisão favorável ao Sinteal, vai ser algo histórico. “Não vamos nos intimidar com a falta de respeito e a judicialização da nossa luta. Estamos em busca dos nossos direitos e por uma causa legítima, que é a educação pública. Se precisarmos parar, a culpa é da Ziane e todo mundo sabe disso”, afirmou. 

Para o presidente do órgão, a decisão do TJ foi monocrática e que eles estão acompanhando o desenrolar da situação. “Já sabíamos como seria esse pronunciamento sobre a greve. Minutos após a decisão, estávamos reunidos em assembleia e traçando os próximos passos da continuidade da greve”, completou. 

Ele explicou que a liminar da Justiça é provisória, ou seja, vai seguir todo o trâmite, de ouvir as partes, até que a pauta seja votada pelo pleno. “Nós encaramos esse processo com naturalidade. A nossa posição continua a mesma, respeitando a opinião dos colegas contratados ou efetivos que decidiram continuar com as atividades e em busca do diálogo com a prefeita e a secretária, buscando a garantia do nosso direito”, enfatizou. 


Por Emerson Emídio 

Foto: Ascom