No ano de 2022, economia nacional registrou uma queda de 2,1% no Produto Interno Bruto (PIB). Na contramão desse desaceleramento, o Governo de Alagoas conseguiu, nesse mesmo ano, reajustar em 10,06% o salário dos servidores públicos. O montante, somado aos reajustes entre 2018 e 2022, na folha estadual de pagamento, chega a 17,53%. O número é quase nove vezes maior, comparado ao dos servidores federais que, após sete anos de congelamento salarial, ganharam o percentual de 9% de ajuste, apenas em 2023 com o governo Lula.

 

O penúltimo aumento da União tinha sido registrado ainda em 2016 no mandato de Dilma Rousseff. Em 2020, o governo Bolsonaro autorizou novos reajustes, mas somente para os militares. Com relação ao município de Maceió - a quinta capital mais populosa do Nordeste -, os servidores estaduais também saíram em vantagem, com 1,5% a mais de reajuste salarial no período, comparado aos servidores municipais.

 

No estado de Alagoas, com o aumento salarial de 10,06%, em 2022, calculado com as novas remunerações das carreiras reestruturadas com a política do governo para a valorização de pessoas, houve um impacto mensal de aproximadamente 75 milhões de reais nos cofres públicos.

 

“Foi um trabalho que gerou impacto na folha de pagamento, mas que foi muito importante para a estruturação das carreiras. Hoje, Alagoas tem cinco carreiras entre as mais valorizadas do país. A reestruturação foi um projeto de valorização do servidor e que deixou um grande legado”, lembra o secretário de Planejamento, Gestão e Patrimônio, Gabriel Albino.

 

O economista e superintendente de Planejamento e Políticas Públicas, Genildo Silva, comenta que o número de R$ 75 mi, à primeira vista, pode causar um susto aos olhos de quem não acompanha os estudos fiscais. No entanto, o especialista explica que o gasto está dentro do controle fiscal do estado, porque é proporcional ao que o tesouro enxugou e arrecadou desde a gestão de Renan Filho com a reforma fiscal.