O processo de criação da Bahia Filmes, pelo Governo do Estado, avança com diálogo e de forma coletiva. A iniciativa que pretende estimular a produção audiovisual baiana e os setores contemplados pelo cinema local foram apresentados ao governador Jerônimo Rodrigues, nesta terça-feira (19), em reunião com representantes da Secretaria Nacional do Audiovisual, vinculada ao Ministério da Cultura; da Agência Nacional do Cinema (Ancine) e da Secretaria de Cultura do Estado (Secult-BA). O encontro ocorreu no Centro Administrativo, em Salvador.
Um dos principais compromissos assumidos pela Secretaria de Cultura (Secult) no Programa de Governo Participativo (PGP) de 2022, a Bahia Filmes integra o Plano Plurianual (PPA) 2024-2027 do governo estadual. Trata-se de uma empresa pública de audiovisual do Estado, com a missão de incentivar a cadeia produtiva do setor audiovisual baiano, o cinema independente e nacional. No projeto também estão previstas ações em conjunto com outras secretarias de estado para a qualificação e capacitação profissionais em comunidades de diversos territórios da Bahia.
Segundo Bruno Monteiro, titular da Secult-BA, a reunião de alinhamento com o Ministério da Cultura e com a Ancine acontece em um momento de investimento e desenvolvimento do audiovisual, que é uma das áreas que mais cresce do ponto de vista econômico e com possibilidades de desenvolvimento cultural. “Nós queremos fechar esse projeto, mas também aproveitar o bom momento que vivenciamos com o Ministério da Cultura, com a presença de baianos na Ancine, e com a empolgação que todos compartilham com essas ideias, que tornam o ambiente muito favorável para a Bahia Filmes ser aprovada”, avaliou o secretário.
A minuta do Projeto de Lei para implantação da Bahia Filmes foi elaborada por entidades e coletivos do audiovisual baiano e apresentada ao Estado. A iniciativa é a primeira fora do sudeste, região na qual Rio de Janeiro e São Paulo são pólos referência nos incentivos para o setor.
Para a secretária nacional de audiovisual Joelma Gonzaga, do Ministério da Cultura (Minc), o impacto da empresa será também em outros 68 segmentos que estão atrelados diretamente ao mercado, que envolve trabalhadores e fornecedores que atendem ao cinema brasileiro. “A Bahia tem um potencial cultural e econômico muito grande e no audiovisual não seria diferente. Esse segmento impacta diretamente nos outros, então eu acho que é um passo muito importante para o nordeste”, concluiu a gestora.
O diretor da Ancine, Paulo Alcoforado, percebe nas políticas nacionais do audiovisual uma oportunidade de fortalecimento da Bahia Filmes e do setor como um todo. “Que a Bahia possa alcançar o destino de fixar suas imagens, criar postos de trabalho diretos e indiretos em relação aos seus técnicos, seus profissionais, seus serviços, e que a gente leve essas paisagens, essas histórias e todos esses caldos de cultura para o país e para o mundo inteiro”, compartilhou o diretor da Ancine, também baiano, sobre sua expectativa com a política estadual.
Durante a reunião também foram apresentados editais, do âmbito federal, para o setor da cultura, que poderão ser aproveitados pela gestão estadual no fomento ao audiovisual na Bahia enquanto a criação da Bahia Filmes tramita.
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