Preso desde o último domingo (24) por envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco, o deputado Chiquinho Brazão (União-RJ) participou, de forma virtual, uma audiência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (26), sobre sua prisão. Ao colegiado, o parlamentar afirmou que “tinha uma relação muito boa” com a vereadora.

Na audiência, o relatório do deputado Darci de Matos (PSD-SC), relator do caso, foi lido e o deputado e sua defesa tiveram um tempo de fala. A comissão se reuniu para analisar se mantém ou não a prisão de Brazão, mas Caroline de Toni (PL-SC), presidente do colegiado, concedeu um pedido de vista. Agora, o caso tem mais 72h para ser analisado.

Chiquinho afirmou que o único atrito que teve com Marielle aconteceu durante uma  uma audiência na Câmara Municipal do Rio, quando estava sendo discutida a situação fundiária do município.

“Se entrarem e analisarem o início [da audiência], você vê que é uma coisa simples demais para tomar uma dimensão tão louca. Eu, como vereador, com uma relação muito boa com a vereadora. É só ver onde tiver as imagens. A gente tinha um ótimo relacionamento, só tivemos uma vez um debate onde ela defendia um interesse que eu também defendia”, disse.

Brazão ainda alegou que existe “um ódio nas redes sociais” tentando “encontrar culpados” para o assassinato da vereadora. “Marielle estava do meu lado na mesma luta. Gostaria que vocês pudessem analisar antes de tomar essa decisão. Parece que cresce um ódio nas pessoas buscando, não importa quem, alguém”, afirmou.