O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (25) que vai ampliar a cobertura vacinal contra a dengue em 625 novos municípios do país, chegando ao total de 1.330 municípios. A pasta informou que, com a ampliação, mais seis estados da federação passam a realizar a imunização, chegando a um total de 25.

Segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses, o Brasil soma 3.852.901 casos prováveis da doença, e atingiu a marca de 1.792 mortos. Outras 2.216 mortes estão em investigação.

Pelos dados da semana epidemiológica, apresentados pelo Ministério da Saúde, 11 estados estão em tendência de queda no número de casos, são eles: Acre, Amapá, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.

Outros dez estados apresentam estabilidade no registro de casos prováveis de dengue, são eles: Alagoas, Amazonas, Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. E seis estados apresentaram alta nos casos na última semana, foram eles: Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Sergipe e Tocantins.

Na coletiva do Centro de Operações de Emergência em Saúde, a secretária Ethel Maciel, de Vigilância em Saúde e Ambiente, destacou que ainda é necessário cuidado com a doença. “Apesar de estarmos numa tendência de queda e estabilização, dessa epidemia de 2024, nós precisamos saber que ainda, muitas pessoas ficarão doentes, muitas pessoas poderão ficar graves, mas nós podemos evitar muitos óbitos”, afirmou.

“É muito importante que tanto as famílias, a própria pessoa, nós mesmos, e os profissionais de saúde estejam muito atentos aos sinais, tanto sinais de sintomas para um diagnóstico correto, quanto os sinais de alerta”, ressaltou a secretária. “Nós sabemos que para salvar uma vida a gente precisa de hidratação, então, nós precisamos salvar todas as vidas que pudermos”, concluiu a secretária.

Durante a coletiva, Ethel comentou sobre a letalidade menor da doença em 2024 na comparação com 2023, mesmo com a alta de casos. “Letalidade é um indicador que tem um numerador e um denominador. No numerador nós vamos ter os óbitos, e no denominador nós vamos ter todos os casos. Como nós tivemos um número de casos muito grande (em 2024), o nosso denominador é muito grande, isso faz com que o nosso número (letalidade) seja menor. A letalidade é menor porque tivemos muito mais casos”, explicou.