A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe o fim da escala 6x1 e a ampliação da isenção do imposto de renda para quem recebe até dois salários mínimos tem ganhado força no Congresso Nacional. A medida, que impacta diretamente milhões de trabalhadores brasileiros, enfrenta resistência de setores empresariais que alegam risco de desemprego e crise econômica.
Para a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), esses argumentos são usados historicamente para frear avanços sociais, mas acredita que o martelo será batido a favor dessas propostas e que, em breve, entrarão em vigor. A declaração foi feita durante entrevista ao Jornal da Metropole no Ar, nesta quarta-feira (21).
“Já temos 234 assinaturas na Câmara, Lula deu sinal positivo no 1º de maio e o presidente da CCJ também apoia. O Brasil está pronto. A economia suporta. E o povo, que sustenta esse país, não aguenta mais viver sob uma escala tão exploratória”, disse Erika Hilton, ao comentar sobre o avanço do fim da escala 6x1.
Parlamentar de oposição à lógica exploratória do trabalho, Hilton atua como uma das principais vozes contra a escala 6x1 no Congresso. Para ela, o modelo atual impede a dignidade do trabalhador, principalmente das mulheres e mães, que mesmo no único dia de folga acumulam funções domésticas e cuidados. Apesar dos argumentos negativos utilizados pelos empresários contrários à PEC, a deputada reforçou que o apoio crescente à proposta, inclusive de setores do governo, são provas de uma realização próxima.
“Esses argumentos foram usados na abolição da escravidão, nas férias remuneradas, na licença-maternidade, no décimo terceiro. Sempre que se fala em melhoria para os trabalhadores, criam medo e pânico. Mas os estudos mostram que reduzir a jornada pode gerar até 3 milhões de novos postos de trabalho”, concluiu a deputada Erika Hilton.
Foto: Reprodução/YouTube
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